Recupere-se: O que é depressão?


Muitas pessoas se sentem triste por algo que aconteceu e se auto diagnóstica com depressão. Na verdade não é bem assim, existe todo um estudo e várias características que podem fazer com que um profissional te diagnostique com depressão. É muito importante a figura de um profissional quando se percebe que há uma insistência da tristeza por um longo período. Para entendermos melhor o que é depressão, aqui vai algumas dúvidas.




Primeiramente [...]

A depressão não atinge apenas a pessoa que a possuí, atinge toda a família também. Todo indivíduo experimenta sentimentos tristes ou melancólicos pelo menos uma única vez – o que é normal em algum momento da vida. A tristeza ou os sentimentos negativos, que tornam o dia-o-dia mais difícil, podem representar uma doença chamada depressão. Algo contínuo e que te impede de fazer as coisas que normalmente faria, é um sofrimento real tanto para o espírito quanto para o físico. Pode ficar mais difícil ir para o trabalho, realizar as tarefas diárias e até mesmo sair da cama. Algumas vezes, o indivíduo deprimido também acha difícil dar o primeiro passo em busca de ajuda. As pessoas deprimidas podem apresentar sentimentos de frustração, culpa e raiva em relação às pessoas em sua volta. Estes sentimentos são normais, mas existem formas saudáveis de lidar com eles. Felizmente a depressão é uma condição médica tratável e conhecer bem esta desordem e seu tratamento irá ajudá-lo. 

Qual é a importância dos familiares no tratamento?
A maioria dos que sofrem de depressão tem ou já tiveram problemas na família, mesmo que sejam problemas normais e comuns. Mas se a família não aceitar que o indivíduo tem uma doença, ele não vai poder se recuperar com tanta facilidade. Não é apenas o indivíduo que precisa passar por tratamento, mas sim todos em sua volta, é muito importante eles entenderem como se posicionar e como apoiar o deprimido. Afinal, a família é a base de qualquer pessoa, se ela não apoiar ou não querer aceitar a doença do familiar, pode ser impossível a melhora e recuperação do indivíduo.

Quais são os sintomas?

A depressão afeta o humor do indivíduo, a sua forma de ver o mundo e até mesmo algumas funções do corpo, como o sono e a alimentação. A pessoa deprimida quase sempre está triste ou preocupada e geralmente é possível perceber apenas com suas atitudes. Muitas pessoas com depressão também apresentam a auto-estima diminuída e pensamentos negativos (em outras palavras, geralmente pensam “não posso fazer isto” ou “isto não vai dar certo”).
A depressão apresenta muitos sintomas diferentes – alguns são fáceis de reconhecer e outros, mais difíceis. O primeiro sinal de depressão geralmente é uma mudança no comportamento habitual – por exemplo, a pessoa pode tornar-se irritada e começar a apresentar problemas com o sono ou apetite. Os sintomas comuns de depressão também incluem: 
- Sentimentos tristes e melancólicos contínuos.
- Perda do interesse por atividades consideradas agradáveis anteriormente.
- Perda do apetite e peso ou ganho exagerado de apetite.
- Dificuldade para dormir ou excesso de sono.
- Agitação ou retardo psicomotor.
- Sentimento de cansaço ou indisposição.
- Sentimentos de inferioridade ou culpa.
- Dificuldade de concentração, organização do pensamento e memória.
- Pensamento de morte ou suicídio.

♥ O que causa a depressão?

Nenhum fator isolado causa a depressão, depende muito do indivíduo, do seu estilo de vida e de certos acontecimentos da vida, como por exemplo, um divórcio ou a perda de alguém muito próximo podem desencadear os sintomas depressivos. Entretanto, algumas pessoas tornam-se deprimidas mesmo quando tudo em suas vidas está indo bem. A tendência a se tornar deprimido pode ocorrer em família e pode ser um fator genético em muitos casos de depressão. As causas orgânicas podem contribuir também para o desenvolvimento da depressão e os sintomas também podem ser desencadeados por um desequilíbrio ou bloqueio de substâncias químicas importantes (chamadas neurotransmissores – estes incluem a serotonina e a noradrenalina) ou dos sinais que elas carregam até o cérebro. Atualmente, muitos dos medicamentos antidepressivos funcionam regulando o nível destes neurotransmissores. As causas da depressão são individuais. Portanto, é importante para toda a família entender que a depressão não é "culpa" do indivíduo e sim uma doença.

Existem mais de um tipo de depressão?
Sim. O transtorno depressivo maior envolve a perda do interesse pelas coisas que eram prazerosas anteriormente ou sentimento de tristeza, melancolia, além de, pelo menos, um dos seguintes sintomas: perda ou ganho de peso repentino, insônia ou excesso de sono, agitação ou retardo psicomotor, sensação de cansaço ou indisposição, sentimento de inferioridade, distúrbios de concentração, pensamentos suicidas. Algumas pessoas apresentam um tipo diferente de transtorno do humor conhecido como transtorno bipolar ou psicose maníaco-depressiva. As pessoas com esta doença apresentam um ou mais episódios maníacos (humor anormal ou persistentemente elevado, expansivo ou irritado, além de outros sintomas), que podem ser acompanhados de um episódio depressivo maior. Existem diferentes tipos de tratamentos que se adequam a cada indivíduo específico. Um profissional da área de saúde será a pessoa mais indicada para rever todas as opções disponíveis e decidir sobre o tratamento mais adequado. O programa de tratamento poderá incluir um médico se for considerada a possibilidade de uso de alguma medicação.

Quais atividades fora do tratamento também ajudam?
Existem várias atividades que podem ser incluídas na recuperação junto com o tratamento e terapia. Alguns exemplos são: yoga, meditação, se auto-reconhecer, atividade física, aulas de música, aprender o melhor jeito de se expressar, conhecer mais pessoas com a mesma doença, investir mais em tratamentos de beleza para si mesmo, pilates, acupuntura, alimentação balanceada, entre outros.

Muitos chamam de frescura, mas a depressão pode sim matar. Houve casos em que o indivíduo depressivo para de cuidar de si mesmo, para de se alimentar levando uma possível morte. Ou até mesmo o pensamento suicida, falta de vontade de fazer as coisas. Isso é realmente sério e deve ser tratada como qualquer outra doença. Preste atenção em mudanças de comportamento repentinas ou felicidade e sorrisos exagerados, algumas pessoas conseguem esconder bem seus sintomas. Vamos parar com esse tabu e vergonha, não há muita informação sobre a considerada "Doença do Século XXI". 

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